segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

História

A origem do xadrez é um mistério. Infelizmente os historiadores não conseguem chegar a um consenso sobre o lugar verdadeiro de onde ele se originara.

Existem diversas mitologias associadas à criação do jogo de xadrez, sendo uma das mais famosas aquela que a atribui a um jovem brâmane indiano chamado Lahur Sessa(ou Sissa), contada em O Homem que Calculava, do escritor e matemático Malba Tahan.

Esta lenda  já foi  contada de muitas  maneiras, trocando os nomes dos protagonistas e até o motivo da recompensa. Porém, os ancestrais do xadrez provavelmente surgiram a 40 séculos antes de nossa era, dada a escrita pictórica e escultura, que servem para iniciar as investigações sobre o jogo. Ainda que a informação mais divulgada durante os últimos três séculos, sustenta que o xadrez foi inventado na Ásia Central, no noroeste da Índia.

Eis a Lenda de Sessa:

Certa vez um poderoso rajá da província indiana chamada Taligana entrou em profunda depressão após perder o filho em batalha e passou a descuidar-se de si e do reino. Então ele ordenou que se organizasse um concurso, em que seus súditos apresentariam inventos para tentar distraí-lo. O vencedor do  concurso poderia  fazer qualquer pedido ao rajá, certo de que seria atendido.

Estava de passagem pelo reino um sábio de nome Sessa. Apresentou este ao rajá um jogo maravilhoso que acabara de inventar: um tabuleiro com 64 casas brancas e negras com diversas peças que representava a infantaria, a cavalaria, os carros de combate, os condutores de elefantes, o principal vizir e o próprio rajá. Sessa explicou que a prática do jogo daria conforto espiritual ao rajá, que finalmente encontraria a cura para a sua depressão, o que realmente ocorreu.

Entusiasmado  com  o  jogo,  o  rajá  ofereceu  ao  sábio  a  escolha  de sua própria recompensa.
- Que teus servos ponham um grão de trigo na primeira casa – disse Sessa – dois na segunda, quatro na  terceira, oito na quarta, e assim sucessivamente, dobrando sempre o número de grãos de trigo até a sexagésima quarta casa do tabuleiro.

O rajá concordou com o pedido, pensando que alguns sacos de trigo bastavam para o pagamento. Sua alegria porém durou somente até que seus matemáticos trouxeram os resultados de seus cálculos. O número de grãos de trigo era praticamente impronunciável. Para  recompensar Sessa seria necessário exatamente 18.446.744.073.709.551.615 grãos de trigo. Observando a produção de trigo da época, seria precisos 61.000 anos para o pagamento de Sissa!

Incapaz de recompensar o sábio e impressionado com a inteligência do brâmane, o rajá o convidou para ser o principal vizir do reino, sendo perdoado por Sessa de sua grande dívida em trigo. Em seguida o rajá retirou-se para meditar, pois o xadrez ensinava a substituir o aborrecimento pela meditação.

Diz uma outra lenda que o jogo foi criado pelo deus Marte (Mitologia Romana) ou Ares (Mitologia Grega) foi inspirado por Caissa, uma ninfa.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Logotipo e o Nome

De acordo com as regras do Xadrez, após atravessar todo o tabuleiro e chegar na última fileira, o Peão tem o direito de ser promovido a uma peça maior à escolha do jogador. Geralmente a peça escolhida é a Dama.

Sempre achei esta jogada fascinante pelo que ela representa,  a peça mais fraca do jogo pode transformar-se na mais poderosa, porém isto não acontece com frequência, atravessar todo o tabuleiro de xadrez não é uma tarefa das mais simples, ainda mais para o pequeno Peão.

O Peão que chegou a última fileira é um sobrevivente, foi ousado nas jogadas, participou de batalhas, escapou de armadilhas e muito provavelmente foi auxiliado em sua jornada por peças companheiras que podem ter sido capturadas pelo caminho.

Quando me vi na tarefa de criar um logo e um nome para o nosso Clube de Xadrez, imediatamente pensei da jogada de Coroação do Peão como símbolo. O exemplo do Peão ilustra perfeitamente o cotidiano de nós, alunos do IFSul, que também estamos em um jornada repleta de desafios que iniciamos despreparados, mas aos poucos vamos avançando e evoluindo amparados  por nossos colegas, amigos e professores,  rumo a Coroação logo a frente onde nos tornaremos maiores e melhores do que jamais fomos, capazes de mudar o Jogo de nossas vidas.

José Carlos de Camargo